quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A CUF e Os Jogos Juvenis do Barreiro

Nos anos 60, mais concretamente a partir de 1964, pela mão de Augusto Pereira Valegas nascem os Jogos Juvenis do Barreiro. Realizados em época estival, já depois do encerramento das actividades escolares, contavam com a prática de vários desportos, e jogos de competição, quer da juventude barreirense, quer de localidades vizinhas. Os recintos desportivos das provas, espalhavam-se por todas as associações desportivas do Barreiro (Ginásios, Parques Desportivos). Os primeiros Jogos deste tipo contaram com uma participação de 500 jovens, número que em anos posteriores veio sempre subindo, até 1974, sendo este o derradeiro ano deste tipo de provas. Praticavam-se desportos como: Andebol de Sete, Atletismo, Badminton, Basquetebol, Ciclismo, Futebol de Salão, Hóquei em Campo de Seis, Natação, Râguebi, Ténis-de-Mesa, Voleibol e Xadrez entre outros. Como é evidente entre as equipas participantes encontram-se as do Grupo Desportivo da CUF, que cedia também as suas instalações desportivas (o campo de Santa Barbara, e a partir de 1967 no Estádio Alfredo da Silva, a sua moderníssima pista para a prática do Atletismo.). Para além da sua participação neste invento, a CUF ajudava ainda com contribuições financeiras os Jogos Juvenis, juntamente com outras instituições como a Câmara do Barreiro, ou o Fundo do Desporto. Foi uma iniciativa impar no pais, e que devido ao seu enorme sucesso, havia quem quisesse fazer o mesmo noutros locais do país, chegando a haver os Jogos Juvenis do Ribatejo.


Legenda das Fotografias:

  1. Augusto Pereira Valegas
  2. Simbolo dos Primeiros Jogos Juvenis do Barreiro

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Loja de Tapeçarias da CUF nos Restauradores



Estávamos nos anos 60, os produtos têxteis CUF, fazem parte da vida dos portugueses. As Alcatifas estavam na moda, e eram sinónimo de conforto e bom gosto. Ás cores, de uma única cor, elas lá iam ganhando terreno aos antigos encerados. A Divisão de Têxteis da CUF colocou à disposição uma panóplia de vários modelos e vários desenhos. Para maximizar o número de vendas a Companhia, dava facilidades de pagamento, como dizia um dos anúncios: “Não resiste à tentação de alcatifar a sua casa. A CUF – Têxtil dá-lhe a possibilidade de mudar a sua casa pagando depois… mês a mês suavemente.” Foi-se o tempo das Alcatifas, hoje as modas são outras, é o mundo em constante evolução! Para alem de alcatifas, tinham tapetes de vários estilos e tecidos para decoração. Com o seu atendimento personalizado a Loja dos Restauradores situada no Cinema Éden, com um estilo moderno, era uma das lojas que a CUF detinha em Lisboa, exclusivamente para a venda do seu sector têxtil. Aqui vos deixo o único anúncio que até agora consegui da Loja e do seu interior.



terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Navio Maria Christina



Neste post apresento mais uma unidade da frota da Sociedade Geral. É um pequeno navio para tráfego costeiro abaixo das 1000 toneladas de seu nome Maria Christina. Para quem não saiba, o nome provém da primeira filha de D. Manuel de Mello, nascida em 1920. Era comum no inicio da S.G. dar-se nomes de terras portuguesas bem como nomes dos familiares de Alfredo da Silva. Este navio foi construído em 1957 nos Estaleiros da CUF na Rocha Conde de Óbidos.

Principais Características:

  • Tipo: Navio de Carga
  • Sinal de Código: CSKH
  • Calado á Proa: 3,35 m
  • Calado á Popa: 3,67 m
  • Arqueação Bruta: 549,86 toneladas
  • Arqueação Liquida: 226,28 toneladas
  • Porte Bruto: 600 toneladas
  • Motor Diesel de 6 cilindros da Burmeister & Wain
  • Velocidade Máxima: 11,0 nós
  • Velocidade Normal: 9,0 nós
  • Tripulantes: 14


sábado, 12 de janeiro de 2008

O Símbolo da CUF


Não se sabe ao certo quando surgiu o tão famoso símbolo da Roda Dentada que foi sem dúvida a principal imagem de marca da CUF.
Contudo aponto o aparecimento do famoso icone por volta dos anos de 1912/13, altura em que na folha "A agricultura" editada pela própria Companhia, surge pela primeira vez o logótipo da Roda Dentada. Bom vocês perguntarão e com muita razão: “E então de 1865 aos anos 10 qual era o símbolo?”. É uma matéria que ainda está por estudar, contudo e mais uma vez devido a publicações que possuo, durante esse período, certamente um dos símbolos usados seria o da Fábrica Sol.


A simbologia da roda dentada no final do séc. XIX inícios de XX estava implicitamente ligada ao fomento e dinâmica industrial. Símbolo que acompanhará gerações de portugueses, numa vasta gama de produtos, das rações, aos adubos, passando pelos sabões ou azeites, a roda dentada estava sempre presente. Facto curioso a palavra LISBOA foi imposta á CUF para não haver confusões com a então CUFP - Companhia União Fabril Portuense, uma empresa de cervejas hoje inserida na UNICER.


Os anos passaram e chega-se a 1973, e a CUF então liderada por Jorge de Mello decide alterar o seu símbolo. Procurando uma nova imagem rumo ao futuro, assente nos novos conceitos de indústria, progresso, modernidade e universalidade. A Roda Dentada transformou-se em seis elementos com a forma de um C (a 1ª letra da sigla CUF) sobre um fundo azul, homenageando as primeiras empresas associadas do Grupo: a própria CUF, a Sociedade Geral, a Tabaqueira, a Sociedade António Gouveia, a Companhia de Seguros Império e a Empresa do Cobre de Angola, todas elas fundadas por Alfredo da Silva, exceptuando a ultima. Foi um símbolo efémero, poucas são as pessoas que se lembram dele, durou muito pouco tempo (de 1973 a 1976) contudo este símbolo iria estender-se á FISIPE, á COMFABRIL e ao Hospital da CUF.

Legenda:
  1. Símbolo da Fábrica Sol
  2. Símbolo da CUF
  3. Simbolo da CUF ( a partir de 1973)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Anuncios da SETENAVE

Desejo aos leitores do meu Blogue um óptimo ano de 2008. Neste primeiro post deste novo ano vou apresentar-vos alguns anúncios do início da SETENAVE. Estávamos em 1971 quando o Grupo CUF começou a projectar um novo Estaleiro Naval, este com características mais vocacionadas para a construção naval, continuando a LISNAVE como centro de reparações navais. Ainda o Estaleiro não estava construído já havia duas encomendas feitas pela SOPONATA (outra empresa do Grupo) para a construção de dois navios-tanque de 316.000 toneladas. Este novo Estaleiro iria trazer à região de Setúbal 5 mil novos postos de trabalho, sendo na época um os maiores da Europa. Sobre a história da SETENAVE irei-me debruçar num futuro post. Espero que gostem dos anúncios.





















Anuncio de Janeiro de 1974





















Anuncio de Agosto de 1974





















Anuncio de Junho de 1975