domingo, 13 de outubro de 2013

Saco de Enxofre SACOR manufacturado pela CUF



Ora aqui está, uma interessante novidade que estava hoje à minha espera na feira. Um saco de enxofre da SACOR fabricado pela CUF. A datação deste saco é inquestionavelmente dos anos 50, pois o simbolo da SACOR tinha ainda o "olho" no S que à epoca imitava como que uma cobra.

 A SACOR - Sociedade Anonima Concessionária da Refinaçao de Petroleos em Portugal é criada pela Lei 1947 de 12 de Fevereiro de 1937. Os seus três grandes accionistas eram o Estado Português, Martin Sain (empresario dos petroleos romeno) e a Familia Espirito Santo. À epoca, ideia do Estado era precisamente a que Portugal deveria de ser auto-suficiente tanto em termos de abastecimento das ramas petroliferas (dai o nascimento em 1947 da SOPONATA) bem como da própria refinaçao. Tais politicas irão ter como efeito a criaçao de postos de trabalho e o embaratecimento do preço dos combustiveis.

O local escolhido para a implataçao da refinaria foi Cabo Ruivo, arrancando a sua laboraçao em 1940. Em meados dos anos 50 a refinaria sofrerá uma modernizaçao e amplicaçao, produzindo-se apartir de 1955 pela além do gasoleo, asfalto, fuel, gasolina, gas butano e propano, ainda os seguintes sub-produtos: enxofre e anidrido sulfuroso.

É certamente durante este periodo até finais dos anos 50, época na qual a SACOR funda a Nitratos de Portugal, (empresa que irá fabricar adubos azotados e nitro amoniacais) que a empresa recorre à CUF enquanto fornecedora de sacos de linho por forma, a assim poder vender o seu enxofre produzido por via quimica nas instalações de Cabo Ruivo.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Alfama olhando o Tejo


Se á primeira vista o titulo e a foto nao evidencia nela vistigios do tema associado a este blogue desengane-se quem por aí. Se há um tema que gosto em particular é a Fotografia, tema que tem pano para mangas e que é sem duvida uma marca e um testemunho das eras, dos acontecimento das pessoas etc. 

A foto que hoje vos trago, curisamente encontrei-a publicada na revista "Menina e Moça" de Novembro de 1971, esta publicaçao era editada pela Mocidade Portuguesa Feminina. Esta é daqueles tipos de foto que verdadeiramente aprecido, parece composta por camadas. E voces perguntarão "mas a que é que ele se está a referir?"

Pois bem se em primeiro plano temos os velhos telhados do casario de Alfama, onde um homem se encontra debruçado na varanda da sua agua furtada, mais abaixo uma fragata cruza o Tejo vagarosamente. Em pleno Tejo encontramos daqueles gigantes super-petroleiros que os lisboetas de hoje já não estao habituados a ver por estas paragens. O gigante dos mares encontra-se fundeado, ali no meio do Rio, enquanto o "Praia Branca" da Gaslimpo, trata da lavagem e desgasificaçao dos seus tanques. Depois de concluida essa operação, o "mamute" terá luz verde para entrar nas docas da Lisnave onde será reparado, ou modernizado. 

Lá mais ao fundo, a vista ainda alcança um aglomerado de formulas geométricas criadas pelo Homem, trata-se da Vila do Barreiro. Na paisagem sobressai, a altaneira e fumegante chaminé do TCP (Tratamento de Cinzas de Pirite) situada em pleno Complexo Industrial da CUF.

Nota da Administraçao do Blogue

Caros amigos, de facto há já muito tempo que não me debruçava sobre o meu blogue. Devido a esta inactividade de dois meses, muito possivelmente pela cabeça de alguns de vós teria passado a ideia que teria desistido do mesmo. Não, isso nao é verdade, o problema é a falta de tempo, nesta vida sempre agitada. Pois, cá estou de novo, para tentar publicar com uma maior regularidade as "estórias" da História do Grupo CUF, curiosidades, factos, etc. Quero também deixar um muito obrigado a todos os meus leitores e seguidores que aqui vêm diariamente e que tanto enriquecem este espaço. Obrigado tambem a todos aqueles que de alguma forma me tentam ajudar para que este blogue seja uma referencia sobre este tema que me é tao querido. 

Os melhores cumprimentos

Ricardo Ferreira