quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Algumas fotos do Paquete Príncipe Perfeito

Com este post pretendo mostrar algumas fotos de uma excelente publicação feita pela CNN sobre o Príncipe Perfeito. Este navio entrou ao serviço da Companhia em 1961, sendo considerado um dos mais belos e modernos navios da sua época. Registe-se que o custo deste novo navio foi á época de 500 mil contos. Chegado ao Tejo foi visitado pelo Almirante Américo Thomaz, grande impulsionador do regresso de Portugal ao Mar. Na sua viagem inaugural, o paquete rumou á África Ocidental e Oriental. Será este navio que juntamente com o Índia irá proceder á inauguração dos Estaleiro da Margueira da Lisnave (do qual já falei em post anterior). Em Janeiro de 1976, o Príncipe Perfeito ficou ancorado em Lisboa. Em Abril, foi vendido a uma empresa panamenha, que o transformou no navio residencial AL HASA. Perdendo Portugal mais um belo navio. Após esta pequena introdução deixo-vos com algumas imagens que falam por si.



Pormenor dos Luxuosos Camarotes de 1ª classe com ambiente climatizado


Salão de Refeições


Salão de Dança


Pormenores dos Bares




Sala de Leitura



Momentos de Lazer




Zona para os mais Pequenos


Piscina do Príncipe Perfeito

Principais Características:

  • Tonelagem - 19.392 ton.
  • Comprimento - 190,43 metros
  • Velocidade - 20 nós
  • Tripulantes - 316
  • Capacidade - 1000 passageiros

domingo, 9 de dezembro de 2007

o Auxilio Prestado ao Desporto Barreirense

Como se sabe a obra social da CUF era muito abrangente e feita em vários campos. Também na área do Desporto esta empresa deu um grande contributo não só para a expansão para a prática do desporto no Barreiro auxiliando também os seus clubes desportivos.


Aquando da construção da nova Sede do Futebol Clube Barreirense, uma obra de elevados custos, e que se ergueu devido á boa vontade dos seus sócios e simpatizantes, a CUF foi uma das empresas que se dispôs a ajudar. Ofereceu madeiras exóticas, tão necessária à construção das portas e do mobiliário, autorizando ainda que os trabalhos de carpintaria fossem realizados nas oficinas das Fábricas do Barreiro, depois das horas de trabalho pelos simpatizantes do Barreirense.




Quando o Luso Futebol Clube decide construir o seu Ginásio (o assentamento da primeira pedra foi feito a 11 de Abril de 1948) irá também dispor de ajuda da CUF. Em 1956 pela mão do Dr. Jorge de Mello (então ainda Administrador-Delegado da CUF), o Luso recebe um empréstimo sem juros nem prazo de reembolso de 120 contos do Grupo Desportivo da CUF para saldar a sua dívida à Caixa Geral de Depósitos. A CUF cede ainda meios de transporte e materiais, assim como empresta máquinas para a serragem das madeiras e outras para trabalhos metálicos. O Ginásio do Luso foi solenemente inaugurado em 1959.

Convém referir que à época todos estes clubes, para além de permitirem a prática desportiva (Futebol, Ginástica, Basquetebol,Campismo, etc) ás gentes do Barreiro, funcionavam ainda como espaços de encontro e de cultura, veja-se que todas as sedes destes clubes dispunham de Bibliotecas, bem como de salões de jogos.

Fonte:

- Armando da Silva Pais, "O Barreiro Contemporâneo" Vol. II

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Curiosidade

Há uns tempos atrás andava eu a percorrer os alfarrabistas de Lisboa, quando numa loja deparei-me com um bilhete da Carris com publicidade à CUF. Não sei precisar a época deste bilhete mas talvez se reporte aos anos 50 ou 60. Não resisti e comprei-o. Agora é a altura de o compartilhar com todos vocês. Espero que gostem.





O Sabão Activado CUF foi lançado no mercado em Maio de 1959. Foi esta a arma de ataque que a empresa lançou como alternativa aos detergentes, que se vinham a impor no Mercado nacional. Contudo não teve grande êxito comercial, sendo substituído em Dezembro de 1969, tendo sido retirado do mercado em 1974.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Grupo CUF e as Auto-Estradas

O Governo de Marcello Caetano liderado por tecnocratas, cedo se apercebeu que devido ao seu avultado custo, não poderia ser o Estado a construir a futura rede de auto-estradas. Desta forma opta por lançar em 1971 um concurso público para a construção e exploração das novas auto-estradas, criando-se para esse efeito uma concessionária juntamente com a respectiva duração da concessão.

Bases do Concurso

- Menor tarifa de portagem
- Menor montante de empréstimos estrangeiros
- Maior montante de capital social
- Maior participação portuguesa na concessionária a ser fundada
- Menor prazo de duração da concessão
- Menor prazo de execução dos trabalhos de construção
- Melhor nível de estudos de carácter técnico e financeiro
- Negociação sobre a melhor quantia oferecida pelo lanço Lisboa - Vila Franca de Xira (construído em 1961)

Plano das Construções

- Conclusão da Auto-Estrada do Norte (Vila Franca de Xira – Carvalhos), numa extensão de 273 quilómetros

- Auto-Estrada do Sul, construção do acesso ao Futuro Aeroporto de Lisboa (Rio Frio) e o lanço entre o Fogueteiro e Setúbal numa extensão de 35 quilómetros

- Auto-Estrada da Costa do Sol compreendendo uma extensão de 20 quilómetros (Estádio Nacional – Cascais)

- Auto-Estrada Lisboa – Sintra, 20 quilómetros

- Auto-Estrada do Oeste entre Lisboa e Malveira, numa extensão de 20 quilómetros

- Auto-Estrada do Porto a Braga e Guimarães, numa extensão de 57 quilómetros

- Auto-Estrada do Porto à Povoa de Varzim, numa extensão de 23 quilómetros

- Auto-Estrada do Porto a Penafiel, numa extensão de 32 quilómetros.


O projecto resulta assim numa rede de 480 quilómetros de Auto-estradas, onde seria também integrada os lanços anteriormente construídos. Estimava-se, segundo este plano a entrada ao serviço desta rede entre os anos de 1973 e 1982. Para o efeito o Governo criou uma comissão de técnicos para analisar as várias propostas levadas a concurso. A comissão era presidida pelo Eng. Manuel Duarte Gaspar, presidente da J.A.E. Dr. Luís Pires Cabral da Procuradoria Geral da Republica, Eng. Fernando Barbosa Perdigão e Eng. Manuel Pinto Serrão direcções do Serviço de Construção e do Gabinete de Estudos e Planeamento da J.A.E.

Foram três as propostas apresentadas a concurso:

- Grupo Internacional Brisa
- Grupo CUF
- Consórcio Luso-Hispano-Italiano

Vejamos pois a formação dos três grupos concorrentes:

Grupo Internacional Brisa

Sociedade de Empreendimentos e Infra-estruturas Interbrisa S.A.R.L.

Consorcio Financeiro:

• Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa
• Banco Fonsecas & Burnay
• Credito Predial Português
• Crédit Franco-Portugais

Empresas Nacionais:

• Sociedade de Empreitadas Somague S.A.R.L.
• SEOP – Soecidade de Empreitadas e Obras Públicas S.A.R.L.
• EMPEC – Empresa de Estudos e Construções Lda.

Empresas Estrangeiras

• Sir Alfred McAlpine and Son Ltd. (Inglaterra)
• S.A. Conrad Zschokke (Suiça)
• Societé Française de Travaux Publics Fougeroulle S.A. (França)
• Societé Général d´Entreprises S.A. (França)
• Societé Routière Colas S.A. (França)
• Bec Frères S.A. (França)
• Finanzas y Projectos S.A. (Espanha)
• Técnica y Obras S.A. (Espanha)
• Ginez Navarro e Hijos Construciones S.A. (Espanha)


Grupo CUF

• Companhia União Fabril S.A.R.L.
• Lindsay Parkinson e Co. Ltd. (Inglaterra)
• W. e C. French Ltd. (Inglaterra)

Consorcio Financeiro

• Banco Totta & Açores S.A.R.L.
• Kleinwort Benson Ltd.
• (possibilidade de criação de um segundo grupo tanto de bancos nacionais como estrangeiros para assegurar os investimentos a realizar)

Consultoras técnicas:

• Owen Williams and Partners
• Profabril - Centro de Porjectos Industriais S.A.R.L.


Consorcio Luso-Hispano-Italiano

• Banco Pinto & Sotto Mayor
• Banco Português do Atlântico
• Liga Financeira S.A. (Espanha)
• Union Industrial Bancária S.A. – Bankunion
• Impresit-Impresa Italiana all Estero S.A.

Apresenta-se seguidamente as propostas das três empresas:

Grupo Brisa

• 65% de capitais nacionais sendo 35% de origem estrangeira
• 522,2 Km de extensão de percursos
• Execução da Rede em 12 anos
• 27 anos de concessão
• Participação do Estado em 10%
• Compra do troço da Auto-estrada Lisboa – Vila Franca de Xira ao Estado (500.000 em 4 prestações)
• Tarifas médias ($40 e $60 para veículos ligeiros e pesados)


Grupo CUF

• Valor do capital desconhecido (sendo que 24% seria do Grupo CUF e associadas, 20% Estado Português, Lindsay Parkinson e W. e C. French ambas com 23% e 10% para outra comparticipações internas))
• 446 Km de extensão (tendo apresentado 6 projectos diferentes)
• Execução da Rede em 12 anos
• 88 anos de concessão
• Participação do Estado até 20%
• Compra do troço da Auto-estrada Lisboa – Vila Franca de Xira ao Estado (400.000 contos em 10 prestações)
• Tarifas médias ($50 por veiculo)

Consorcio Luso-Hispano-Italiano

• Capital inicial de 500.000 contos
• 480 Km de extensão
• Execução da rede em 12 anos
• 35 anos de concessão
• Participação do Estado (desconhecida)
• Compra do troço da Auto-estrada Lisboa – Vila Franca de Xira ao Estado (400.000 contos em 10 prestaçoes)
• Tarifas médias ($45 por unidade movimentada)






Como se sabe quem veio a ganhar este concurso foi a BRISA que até hoje é a concessionária de parte da rede de Auto-Estradas de Portugal. Este foi um dos projectos do Grupo CUF que não tiveram sucesso como aconteceu no passado com o arrendamento da Linha Sul e Sueste nos anos 20, ou a tentativa de controlo da Companhia Portuguesa de Rádio Marconi em 1926.

O projecto do Grupo CUF para as auto-estradas se o analisarmos bem tem os seus prós e os seus contras:

- A favor poderemos enunciar a capacidade de auto-financiamento e de concretização, pois como se sabe o Banco Totta e a Profabril eram empresas do Grupo, o que tornaria o projecto menos dispendioso, apesar da necessidade natural de recurso a capitais estrangeiros.

- Contra temos de enunciar a extensão da rede de Auto-Estradas, foi o grupo que apresentou a menor extensão de quilómetros, já para não falar no prazo de Concessão onde muito se alargou perante os seus concorrentes, o concurso dizia explicitamente “menor prazo da duração de concessão”, tornando-se inviável.

O facto mais curioso é que hoje em dia o maior accionista nacional da BRISA é o Grupo José de Mello com 30% do seu capital e que detém também a CUF.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Fotos do Passeio TVP

Neste post irei colocar varias fotos do passeio dos Transportes Colectivos do Barreiro (TCB) Foi um dia memorável, tanto para gente ligada aos transportes públicos como aqueles que se interessam pela CUF. As imagens falam por si.





Autocarro da UTIC AEC dos TCB onde foi efectuado o passeio e o motor do autocarro a trabalhar.



Lado esquerdo Bairro Operario da CUF e do lado direito pode-se observar o antigo centro médico.



Subida para o Bairro Operario da CUF, este foi o primeiro bairro construido em 1908



Antiga Sede do Grupo Desportivo da CUF, como as coisas mudam.... O busto do Senhor Alfredo da Silva, devido alterações de transito nesta área, foi transferido em 1973 para as Fábricas da UFA onde hoje pode ser visto.







A grande maioria do antigo complexo da CUF encontra-se ao abandono ou á espera que um novo plano habitacional, o resto do espaço é como podem ver na ultima fotografia um espaço ocuapado por firmas e empresas.



Esta Roda Dentada estava no portão da Colonia de Férias da CUF em Almoçageme



Fardo de Juta de onde eram feitas as cordas e outros sub-produtos da Zona Textil



Uma Meadeira



Um Tear



Vitrine onde estão expostos os produtos da Zona Textil



Zincogravuras para a impressao de sacaria olhando atentamente podemos ver as chapas para a exportaçao de adubos da CUF para o Irão e para a China.



Carro de Bombeiros dos primeiros anos da CUF



Maca onde eram transportados os sinistrados dos acidentes de trabalho na CUF



Aspecto de um Consultório Médico na CUF



O Trofeu de Segurança era atribuido semestralmente ás Zonas (ex. Zona Acidos, Adubos, Química Têxtil, Metalo-mecância etc) que tivesse menos acidentes.



Livro de Homenagem a D. Manoel de Mello

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Passeio dos amigos dos TCB passará pela antiga CUF
















No próximo dia 10 de Novembro (Sábado) realizar-se á um passeio abordo de um antigo autocarro dos TCB (Transportes Colectivos do Barreiro), trata-se de uma AEC UTIC de 1972, que além de ir efectuar a 1ª carreira inaugural feita há 50 anos pelos TCB. Esta ideia partiu das mãos de um amigo meu Marco Valente e do seu grupo que colocou em rede a história dos TCB na Internet (http://www.transportes-smtcb.fotopic.net/), com um interessante espólio fotográfico que demonstra a sua evolução, assim como do próprio Barreiro. Este passeio tenta recuperar parte da história do Barreiro, e falar no Barreiro é também falar da CUF que escolheu este local como seu principal centro fabril. Os visitantes na parte da tarde deste passeio poderão visitar dentro do antigo complexo da CUF, o Museu Industrial da CUF, seguido da Casa Museu Alfredo da Silva, onde se pode observar objectos do antigo industrial, e ainda a enorme maqueta das fábricas do Barreiro que foi apresentada na FIL em 1965 aquando dos 100 anos da empresa. Se for entusiasta de transportes públicos ou da CUF apareça por lá.

Aqui fica o Programa:

Lotação da camioneta: 50 Pessoas.

Preço: Acima de 32 Passageiros: 5 €uros

Baixo de 32 Passageiros: 10 €uros

Numero mínimo de Participantes: 10

(Preço incluído para viagem e museu)

(O preço não inclui Almoço nem despesas pessoais)

Horário do Programa:

8:30 - Instalações TCB (SEDE)

9:30 - Av. dos Sapadores - Antiga paragem TCB

9:50 - Bombeiros Voluntários do Barreiro – Antiga Instalações dos TCB

10:00 - Trajecto (Varias paragens pelo trajecto para sessões
fotográficas) Antigo Trajecto da carreira 1 (de 1957/59):Gare, Av. dos Sapadores, R. Miguel Pais, Av. da República, Rua S. Francisco Xavier (Heliodoro Salgado), Rua Heliodoro Salgado, Av. da Bélgica (Av. Alfredo da Silva), Av. Marechal Carmona (Av. Henrique Galvão), Rua Almirante Reis, Praça Dr. Caeiro da Mata (Largo da Nossa Senhora do Rosário), Rua Marquês de Pombal, Rua Aguiar (Travessa da Praia, Av. Bento Gonçalves), Praça da Republica (Praça de Santa Cruz), Rua Miguel Bombarda, Rua Stara Zagora , Rua D. Manuel de Mello , Rua Camilo Castelo Branco, Largo Alexandre Herculano, Rua Industrial Alfredo da Silva (Rua União, Av. da CUF), Rua 2, “Sobe e Desce”, Rua Lavoisier, Rua Liebig, Rua da CUF, Rua Lawes, Rua da Juta, Rua 9 de Abril, Rua 31 de Janeiro, Rua das Palmeiras, Rua do Lavradio (Rua Capitães de Abril), Rua Braz (Rua Dr. Manuel Pacheco Nobre), Rua Miguel Bombarda, Largo da Quinta Grande, Rua D. Nuno Alvares Pereira, AV. D. Afonso Henriques, Rua Nossa Senhora da Conceição (Rua 20 de Abril), Rua da Recosta (AV. da Liberdade), Rua Miguel Pais, AV dos Sapadores, Gare.

12:30 Paragem: Clube Naval (sessão fotográfica)

13:00/13:30 – Almoço - Restaurante: “A Casinha da Lasanha”
(Junto a casa da Lasanha, está um autocarro VOLVO UTIC da EX. STCP e EX: TCB nº
15, agora é autocarro para Escola de Condução)

15:00 - Trajecto/visita: Mausoléu do Alfredo da Silva

15:10 - Trajecto/visita: Museu Industrial da CUF

17:40 - Trajecto/visita: Casa Museu do Alfredo da Silva

18:20 - Trajecto/visita: TECNIBUS

18:30 - Trajecto: Quimiparque (Antiga CUF)

18:40 - Paragem: Parque estacionamento Feira Nova (sessão fotográfica)

19:00 - Sub-Paragem: Av. dos Sapadores

19:10 - Sub-Paragem: Terminal Rodo – Fluvial do Barreiro

19:30 – Fim-Paragem: Instalações dos TCB (SEDE)

Aqui está a notícia que saíu do Jornal do Barreiro:

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Grupo CUF recebe em 1971 “Le Trophée International de L´Industrie”


O Institut International de Promotion et de Prestige com sede em Genève atribuiu no ano 1971 a sua mais alta distinção – O Troféu Internacional – à Companhia União Fabril. O Instituto foi criado em 1963, em seguimento de um desejo de André Maurois, da Academia Francaise, de reunir personalidades de numerosos países, tendo finalidade homenagear aqueles que se distinguissem na valorização do património cultural mundial, alargou posteriormente a sua actividade aos domínios do humanitário, cientifico e industrial, esforçando-se por promover o progresso nesses campos. É uma entidade isenta de ligações politicas, financeiras e religiosas. Do mesmo Instituto fazem ainda parte individualidades da maior representação social na França, Holanda, Madagáscar, Estados Unidos, Hungria, Áustria, Japão, Marrocos, Itália, Suécia, Noruega, Israel, Espanha, Honduras, Grã-Bretanha entre outras. Durante décadas tem honrado com os seus três prémios – Medalha Internacional Humanitária, Troféu de Promoção Internacional e Troféu Internacional – numerosas personalidades e empresas.



Este prémio só poderia ser atribuído a empresas que tinham atingido fama internacional. O Grupo CUF foi destacado pelo seu desenvolvimento e evolução, pelo seu lugar cimeiro na indústria portuguesa e por ser um dos mais importantes grupos económicos europeus. A cerimónia de entrega do Troféu que coincidiu com a dos festejos do 1º Centenário do Nascimento de Alfredo da Silva, foi efectuada no Barreiro.

Algumas empresas que receberam também este prestigioso troféu:

Domínio Cientifico:

NASA – (National Aeronautics and Space Administration)

Domínio Industrial:

Automóveis Porsche (Alemanha)

Dragados y Construcciones S. A. (Espanha)

Sociedade de Produtos Químicos Solvay (Bélgica)

Compagnie General d´Electricité – C.G.E. (França)

Grupo Royal Dutch-Shell (Holanda – Grã-Bretanha)

Farmitalia de Montecatini (Itália)

Grupo Siderúrgico Cockerill (Bélgica)

Alfa-Laval (Suécia) entre muitas outras pois a lista é muito extensa.

N.B. – Quem consultar o site do Instituit International de Promotion et de Prestige, verificará que para além da CUF, a Lisnave receberá esse prémio em 1980 assim como do Grupo Unicer em 1991., sendo até ao momento as únicas empresas nacionais que receberam tal prémio.

Indice das Imagens:

1 - Sede do Instituit International de Promotion et de Prestige

2 - Trophée International de L´Industrie

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Barreiro - Bairro Operário da C.U.F.

Neste pequeno filme feito a propósito dos 100 anos da CUF no Barreiro, podemos visitar o primeiro Bairro Operário da CUF construido em 1908 e que hoje é parte do núcleo histórico da Quimiparque.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A Presença do Grupo CUF no sector Imobiliário

Projectada numa época onde grande parte dos investimentos no mercado imbiliário se encontravam situados nas zonas turísticas, Miratejo foi algo de inovador. No nosso país excluindo a empresa J. Pimenta, que na área da Grande Lisboa (Reboleira, Amadora, Cascais, Paço de Arcos etc.) construiu grandes bairros habitacionais, não existiam empresas semelhantes com tal dimensão.

Surge então a Realimo no Outono de 1966, com um capital de 50.000.000$00, fruto de uma join venture efectuada entre o Grupo CUF e o Grupo CFE de origem belga. A primeira missão desta nova empresa foi efectuar um estudo sobre o nosso mercado imobiliário. Na época assistia-se a um grande crescimento dos subúrbios da Capital, assim em 1967 a Realimo projecta uma nova cidade na margem sul designada por Miratejo Cidade Panorama. Na sua época era sem duvida um projecto urbanístico de grande envergadura, que implicava a deslocação quotidiana de 10.000 pessoas para a Capital. A sua situação geográfica, junto ao Laranjeiro, Almada e a 3 Km de Cacilhas, permitia uma rápida ligação a Lisboa (Auto-Estrada do Sul, Ponte Sobre o Tejo e Cacilheiros).


Este projecto respondia à dupla necessidade de trabalhar na cidade, e a possibilidade de viver numa zona calma, perto da Capital. Este projecto foi aprovado pelo Alvará de Licença de Loteamento nº 13 de 22 de Dezembro de 1967, começando de imediato as obras de construção. A cidade era divida em duas zonas, uma área urbana constituída por prédios e outra situada junto do pinhal para vivendas.





Alguns Dados sobre o Projecto de Miratejo Cidade Panorama:

Infra-estruturas Básicas

- 5,5 km de estradas

- 7 km de redes de esgotos

- Instalação de uma rede de distribuição eléctrica, e de iluminação pública, comportando 20 postes de transformação e 16 km de cabo eléctrico.

Observando o esquema urbanístico colocado acima veja-se a descrição da Zona Comercial e Serviços:

1 - Centro Comercial, situado em zona pedonal, com 80 estabelecimentos comerciais e um Supermercado

- Um Banco

- Um Cinema com 600 lugares

- Um posto médico

- Uma esquadra de polícia

2 - Escola primária para 600 alunos e dois jardins infantis para 400 crianças

3 - Igreja e Centro Paroquial

4 - Mercado Municipal

5 - Restaurante situado na zona de pinhal com vista panorâmica.

6 - Estação de Serviço

Dados que possuo afirmam que Grupo CUF esperava a cifra de 200.000.000$00 em vendas para o ano de 1973 neste empreendimento. Em 1972 a REALIMO associou-se a uma empresa de arquitectura civil chamada Pro-Constroi.

Antes de terminar quero ainda referir que o Grupo CFE não era uma empresa qualquer, pois tinha uma larga experiência no ramo e com importantes empreendimentos por toda a Europa, caso do antigo Centro Administrativo da CEE em Bruxelas. Em todas as áreas de negócio o Grupo CUF tentou sempre associar-se aos melhores.

Índice das Imagens:

1 - Vista Aerea da futura Cidade de Miratejo (1967)

2 - Esquema da localização geográfica de Miratejo

3 - Primeiro Bloco Habitacional, Novembro de 1969

4 - Esquema da Cidade de Miratejo

Fontes:

O Grupo CUF, (ediçao da CUF) 1973

Publicaçao de Miratejo, da autoria da Realimo, datada de 1969

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Coleccionismo CUF




Este é um Isqueiro tipo Zippo, com publicidade á Divisão Textil da CUF, bem como ás suas alcatifas, que nos anos 50, 60 e 70 eram muito famosas não so pela sua qualidade como pela sua diversidade. É um belo exemplar e que se encontra em execelente estado de conservação. Podemos assim constatar que a história de uma empresa também se encontra presente nesta pequenas coisas.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Visita ao Museu da CUF no Barreiro

Este é um video que mostra não só o núcleo museológico da CUF no Barreiro, parte da Casa Museu Alfredo da Silva, bem como um filme de época (anos 60/70) onde primeiramente aparece uma camioneta da Colónia de Férias da CUF a levar as crianças para Almoçageme, onde se situava a respectiva Colónia, mostrando ainda parte do complexo industrial do Barreiro. É mais um excelente video feito por ArtBarreiro.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

C.I.E. – Comissão Interna da Empresa

No universo empresarial da sua época a CUF como se sabe introduziu ao longo dos anos constantes inovações na sua politica laboral. Em 1963 a CUF introduziu a C.I.E. (comissão interna da empresa) que veio á época revolucionar o mundo empresarial de então, com tanto sucesso que esta foi sendo alargada a outras empresas do Grupo (U.F.A., Tabaqueira e Lisnave). Esta pretendia ser um elo de ligação entre os empregados e a Administração, podendo desta forma expor os seus problemas de forma a serem resolvidos em conjunto.

Pegando no texto publicado na revista de informaçao interna “tem como finalidade promover um clima de confiança mútua e boa colaboração entre os componentes da mesma (dirigentes e executantes), de modo que todos trabalhem como uma equipa na consecução do objectivo fundamental da Empresa: a sua prosperidade e o seu progresso, factores indispensáveis para o bem-estar social de todos os que nela trabalhem e contribuição positiva para a economia do País."


Mais á frente pode ler-se:“Tem como objectivo a Administração informar o pessoal da empresa, dos acontecimentos mais importantes da sua vida, dos seus planos de expansão, dos seus problemas e dificuldades, na melhoria das condições de trabalho e da produtividade e dos Trabalhadores comunicar à Administração os seus anseios e pretensões e fazer as suas sugestões.”

Composição da C.I.E.

Esta encontrava-se dividida em vários grupos ou por sectores (ex. Grupo 1 – Engenheiros ou agentes técnicos, Grupo 2 – Empregados de Escritório, Desenhadores, Grupo 3 – Encarregados, operários-chefes, pessoal técnico etc.) Esta divisão por grupos abrangia todos os funcionários da empresa qualificados ou não, com cargos administrativos ou não, todos se encontravam inseridos na C.I.E.

Por grupo eram eleitos 3 indivíduos, o mais votado era designado o delegado desse grupo ou subgrupo. De seguida eram eleitos 3 indivíduos na condição de substitutos a desempenhar o lugar, para o caso de em necessidade da ausência do Delegado, haver uma representação de cada grupo nas C.I.E. Os membros eram eleitos no início de cada ano. Os resultados das C.I.E. eram apresentadas na Revista de Informação Interna da C.U.F. o mesmo se passando na Lisnave, na sua revista interna. Nos outros casos, Tabaqueira e U.F.A não tenho dados sobre onde seriam apresentados ou se haveriam à semelhança das outras duas empresas também revista de informação interna.

Exemplos de temas tratados nas C.I.E.: Assistência Média e Medicamentosa, Dispensa, Acidentes de Trabalho, Acordo Colectivo de Trabalho, Fornecimento de Refeições nos refeitórios CUF, Colónia de Férias, Bairros CUF – Conservação, Cursos de Educação de Adultos, Hospital CUF, Abonos para o Almoço do Pessoal Operário, Horários dos Transportes etc.

Fontes:
- Revista de Informaçao Interna da CUF
- Revista de Informação Interna da Lisnave