quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Os Directores das Fábricas da CUF no Barreiro

Desta vez vou deixar uma pequena lista com todos os Directores das Fábricas do Barreiro. Cargo de extrema importância tanto no período inicial da montagem do novo Complexo, trazendo para o país novas tecnologias, e novos métodos de trabalho, que careciam de ser absorvidos pela Companhia. Bem como posteriormente da Planificação, Desenvolvimento e Modernização do Complexo Fabril durante as décadas seguintes. Esta é uma homenagem aqueles a quem até 1975, coube a Gestão e remodelação deste Complexo bem como dos problemas internos que como se sabe há em todas as empresas, mas também o é a todos os trabalhadores da CUF, pois sem eles nada do que ali se fez não teria sido possível.


Período de 1907 a 1927

Auguste Stinville (Françês) *

Pelet (Fraçês)
António Birne Pereira (Português)
Henri Casterat (Francês)
Deutsch (Alemão)
Juan Codoñer (Espanhol)


Período de Agosto de 1927 a Dezembro de 1929

Eng. Eduardo Cândido Bravo Madaíl


Período de Janeiro de 1930 a Dezembro de 1943


Eng. João Osório da Rocha e Melo


Período de Janeiro de 1944 a Outubro de 1952

Eng. Faustino d´Ascenção Rodrigues de Sousa


Período de Janeiro de 1953 a Julho de 1953
(ocupou o lugar de subdirector de Janeiro de 1951 a Dezembro de 1952)

Eng. Edgar Whanon


Período de Agosto de 1953 a Abril de 1956
(ocupou o lugar de subdirector de Janeiro de 1953 a Julho de 1953)

Eng. António Augusto Pessoa Monteiro


Período de Maio de 1956 a Julho de 1959

Eng. Ruy Rebello da Mota Guedes


Período de Agosto de 1959 a Março de 1962

Eng. Virgílio Ruy Teixeira Lopo


Periodo de Março de 1962 a Abril de 1968


Eng. José Francisco Amorim de Guimarães Serôdio (Sabrosa)


Periodo de Abril de 1968 a Janeiro de 1971

Eng. Frederico José da Cunha Mendonça e Menezes


Periodo de Janeiro de 1971 até 1975


Eng. José Manuel Faria Santos



*Auguste Lucien Stinville (1868-1949) foi o Engenheiro Quimico Francês escolhido por Alfredo da Silva, para construir de raíz no Barreiro, um complexo quimico de dimensão europeia e com a mais moderna tecnologia da sua época. O seu nome foi posteriormente imortalizado dando o nome a uma Rua, no antigo Bairro operário da CUF, no qual aliás a maioria nomes das suas ruas são uma homenagem aos grandes nomes da quimica (ex: Lawes, Dalton, Lavoisier ou Gay-Lussac).

Olhando para esta lista, apercebemo-nos que nos primeiros 20 anos, o Complexo foi dirigido por estrangeiros, maioritáriamente de origem francesa. Não causa admiração, se pensarmos que em Portugal esta era uma área para a qual ainda haveria poucos técnicos á sua altura. Será so com a criação em 1911 do Instituto Superior Técnico pelas mãos de Alfredo Bensaúde que comecarão a ser ministrados em Portugal cursos de Engenharia Quimico-Industrial, e será precisamente desse instituto que sairão os primeiros futuros quadros superiores portugueses que irão fazer carreira e escola na CUF.

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