Aqui vos trago este interessante prato da Companhia Nacional de Navegação em vidro. Muitos irão-se interrogar tal como eu "pratos da CNN em vidro?". Também fiz essa pergunta. Falei com um amigo meu, mais entendido na área do que eu, que me informou que estes pratos eram usados nas salas para crianças ou "creches" criadas abordo dos navios, enquanto os pais se podiam dedicar ao laser. Para além de existiram em cor amarela, haviam também em verde. Muitos hoje dirão "pratos em vidro para crianças?" pois é, também sei, hoje em dia seria inaceitável, mas a época era outra.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Prato da CNN
Aqui vos trago este interessante prato da Companhia Nacional de Navegação em vidro. Muitos irão-se interrogar tal como eu "pratos da CNN em vidro?". Também fiz essa pergunta. Falei com um amigo meu, mais entendido na área do que eu, que me informou que estes pratos eram usados nas salas para crianças ou "creches" criadas abordo dos navios, enquanto os pais se podiam dedicar ao laser. Para além de existiram em cor amarela, haviam também em verde. Muitos hoje dirão "pratos em vidro para crianças?" pois é, também sei, hoje em dia seria inaceitável, mas a época era outra.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Os Nomes de Alfredo da Silva e D. Manuel de Mello na toponimia de Cascais
Não é só em Lisboa e no Barreiro, que podemos ver os nomes de Alfredo da Silva e D. Manuel de Mello ligados á toponímia. Quem for para os lados de Cascais, mais concretamente ao Monte Estoril, verificará que existem duas ruas com os seus nomes. Não será deveras estranho se pensarmos que uma das 3 casas de Alfredo da Silva se situava precisamente nessa localidade, sobranceira à Estrada Marginal e com uma belíssima vista tanto para a Vila de Cascais, como para foz do Tejo.
Foi das primeira edificações modernas dos então chamado "Estoris". A Casa São Cristovão, do risco do arquitecto Tertuliano Marques, foi construída entre 1917 e 1920, com traços do barroco e do joanino, assume ainda hoje uma ideia de grandiosidade e imponência ao local. Esta residência iria ter um lugar primordial tanto na vida de Alfredo da Silva como para a família Mello.
Logo após ter sido terminada, os Mello fazem dela sua residência. Segundo Miguel Figueira de Faria "Manuel de Mello deslocava-se diariamente para o escritório da Rua do Comércio, usando sobretudo, o comboio como meio de transporte". Relembre-se que nesta casa irão nascer dois filhos do casal: Amélia de Mello (1922) e José Manuel de Mello (1927)
É pois natural que o Concelho de Cascais à época tivesse dedicado a tão ilustres e importantes personalidades da vida pública, nomes de rua em forma de homenagem.









Foi das primeira edificações modernas dos então chamado "Estoris". A Casa São Cristovão, do risco do arquitecto Tertuliano Marques, foi construída entre 1917 e 1920, com traços do barroco e do joanino, assume ainda hoje uma ideia de grandiosidade e imponência ao local. Esta residência iria ter um lugar primordial tanto na vida de Alfredo da Silva como para a família Mello.
Logo após ter sido terminada, os Mello fazem dela sua residência. Segundo Miguel Figueira de Faria "Manuel de Mello deslocava-se diariamente para o escritório da Rua do Comércio, usando sobretudo, o comboio como meio de transporte". Relembre-se que nesta casa irão nascer dois filhos do casal: Amélia de Mello (1922) e José Manuel de Mello (1927)
É pois natural que o Concelho de Cascais à época tivesse dedicado a tão ilustres e importantes personalidades da vida pública, nomes de rua em forma de homenagem.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Outras Formas de Publicitar um produto
Quem disse que apenas se pode publicitar um produto, através de anuncios em out-doors, na imprensa, na Tv, ou na Rádio? Um simples copo também pode ser um bom veiculo para se passar uma mensagem. Sentados á mesa de um café ou esplanada, ao pedir uma bebida muitas vezes lá vêm os copos a publicitar, sumos, aguas, cervejas, ou Uísques. Talvez o mais curioso do copo que aqui vos mostro é precisamente o que ele publicita: Tabaco. O Português Suave, é das marcas mais antigas da Tabaqueira sendo produzida até hoje.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
A FISIPE

Contudo a partir dos anos 60 assiste-se a uma cada vez maior procura das fibras sintéticas, que pudessem substituir matérias-primas tradicionais, como a juta, ou cairo, ou a lã. Em 1968 a subida vertiginosa dos preços da juta, nos mercados internacionais e a concorrência por parte de outros tipo de embalagens viram ditar uma reconversão e uma reestruturação da Zona Têxtil da empresa. Sabemos que ao longo da sua vida industrial a CUF esteve sempre a par de todas as inovações técnicas que rapidamente eram introduzidas no seu complexo industrial e a têxtil não foi excepção. Era necessário acompanhar os tempos, vivia-se numa era de petróleo barato, através do qual por processos químicos, era possível transformar-lo em fibras mais resistentes que as naturais (tais como o Nylon, o Rayon, ou o Terylene) ditando assim uma grande procura no mercado deste tipo de produtos. Não será por acaso que a CUF em 1970 coloca em funcionamento novas linhas de feltro, nova estrusão e tecelagem de ráfia de polipropileno (necessário à modernização do ensacamento dos adubos).

É importante referir que na época o país debatia-se com dificuldades de abastecimento deste tipo de fibras. Observando o seu relatório de contas pretendia a empresa os seguintes objectivos:
- fomentar a difusão de novas tecnologias de laboração de fibras sintéticas
- contribuir para a exploração mais racional do equipamento instalado
- facultar meios de antecipação às tendências do mercado atribuindo novas perspectivas na comercialização e promoção dos produtos finais
- reforçar o poder contratual do sector têxtil nos mercados externos pela garantia de aprovisionamento de matérias-primas necessárias



Fases da Construção da FISIPE
Quanto a capitais a FISIPE representaria uma das ultimas "Join-Ventures" firmadas pela CUF desta vez com o Grupo Mitsubishi. O capital desta nova sociedade era de 250 000 000$ sendo o valor subscrito pela CUF de 60% e para a Mitsubishi os outros 40%.
Bibliografia consultada:
- Estatutos da FISIPE, 1973
- "Jorge de Mello - um Homem", Jorge Alves, Edições Inapa
- "Momentos de Inovação e Engenharia em Portugal no Século XX" Vol. III Cord. Manuel Heitor, José Maria Brandão de Brito e Maria Fernanda Rollo. (Cap. Sobre o Complexo Industrial da CUF no Barreiro) pp 242-285
- Relatórios do Conselho de Administração (1973/75)
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Antigos Depósitos e Dependências da CUF
Como é do conhecimento geral, a Organização CUF, teve em Portugal, uma das mais densas e eficazes redes de depósitos de vendas dos seus produtos, cobrindo o país de lés a lés. Isto numa época onde a maioria das empresas, bancos e outros serviços, apenas se ficavam pelos grandes e médios centros urbanos, essa massificação só se veio a generalizar a partir dos anos 80. Contudo já nos anos 30, a estratégia empresarial da CUF, de forma a suplantar a concorrência, passava por deter agências e depósitos, em locais como, Alcácer do Sal, Bombarral, Braga, Cantanhede, Coimbra, Castelo Branco, Evora, Covilhã, Sines, Mértola, isto só para referir algumas, pois o rol de localidades dava para encher uma página.
Pois bem após esta pequena nota introdutória, o que me proponho aqui, é colocar fotografias actuais de algumas dessas dependências. Algumas ainda continuam a existir, outras foram abandonadas e caídas no esquecimento, e casos há que o edifício existe, mas o mesmo foi adaptado para outros ramos de comércio. Quero agradecer a duas pessoas que me têm feito o favor de tirar fotografias dessas instalações, sem as quais teria sido quase impossivel, efectuar esta primeira amostra. Ao Marco Valente, e à Catarina Vaz um muito obrigado. Logo que consiga mais fotos de mais dependências estas serão colocadas.
Este antigo depósito da CUF e que ainda se encontra no activo pode ser encontrado na cidade de Santarém
Observe-se na fachada as antigas letras já gastas pelo tempo
Depósito situado na cidade de Aveiro, observe-se na frontaria do mesmo uma gasta Roda Dentada da CUF

Pois bem após esta pequena nota introdutória, o que me proponho aqui, é colocar fotografias actuais de algumas dessas dependências. Algumas ainda continuam a existir, outras foram abandonadas e caídas no esquecimento, e casos há que o edifício existe, mas o mesmo foi adaptado para outros ramos de comércio. Quero agradecer a duas pessoas que me têm feito o favor de tirar fotografias dessas instalações, sem as quais teria sido quase impossivel, efectuar esta primeira amostra. Ao Marco Valente, e à Catarina Vaz um muito obrigado. Logo que consiga mais fotos de mais dependências estas serão colocadas.
com maior pormenor
vista geral do depósito
Antiga agência de Castelo Branco ao abandono



pormenor do anúncio luminoso
Para além das referidas agências e depósitos, a CUF contava ainda com as Delegações Agronómicas, importante peça da sua politica de vendas. Ao folhearmos o Almanaque Agricola de 1962, podemos ler o seguinte:
"A CUF mantém uma rede de Delegações Agronómicas Regionais que têm por função prestar assistência técnica à Lavoura de forma a contribuir para a boa utilização, por parte desta, dos produtos que anualmente emprega, especialmente de adubos, pesticidas e farinhas para o gado.
Assim foi o País dividido em 14 zonas cada uma das quais constitui a área duma Delegação. Estas são chefiadas por m Engenheiro-agrónomo que, além dos conhecimentos que a sua preparação universitária lhe dá, possui ainda, um profundo conhecimento da região onde trabalha, estando perfeitamente identificado com os problemas a agricultura regional"
Após a explicação sobre as Delegações Agronómicas, para melhor exemplificar, o que atrás foi dito, coloca-se aqui o mapa das mesmas:

Para finalizar aqui ficam duas fotografias da antiga delegação regional da CUF em Santarém, pareceu-me ao abandono, ja com os simbolos da era Quimigal:


"A CUF mantém uma rede de Delegações Agronómicas Regionais que têm por função prestar assistência técnica à Lavoura de forma a contribuir para a boa utilização, por parte desta, dos produtos que anualmente emprega, especialmente de adubos, pesticidas e farinhas para o gado.
Assim foi o País dividido em 14 zonas cada uma das quais constitui a área duma Delegação. Estas são chefiadas por m Engenheiro-agrónomo que, além dos conhecimentos que a sua preparação universitária lhe dá, possui ainda, um profundo conhecimento da região onde trabalha, estando perfeitamente identificado com os problemas a agricultura regional"
Após a explicação sobre as Delegações Agronómicas, para melhor exemplificar, o que atrás foi dito, coloca-se aqui o mapa das mesmas:

Para finalizar aqui ficam duas fotografias da antiga delegação regional da CUF em Santarém, pareceu-me ao abandono, ja com os simbolos da era Quimigal:


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