A Siderurgia Nacional foi inaugurada a 24 de Agosto de 1961, grandioso projecto integrado numa política governamental de Substituição de Importações, foi motivo de orgulho á época. Esta grandiosa obra com o cunho de António Champalimaud, homem dos cimentos e da banca ao qual se juntou o Aço, permitia uma produção em 1961 de 230.000 toneladas de gusa, 140.000 de escória, usadas em aplicações como balastro de estradas, construção civil, fabrico de “clinker” (cimentos). Na área da Aciaria, a produção anual era de 300.000 de aço bruto, e na Laminagem, onde era transformado o aço, produzia-se 150.000 toneladas de aço para betão, chapas de aço para várias utilizações e perfis de carris para a CP.
Também o Grupo C.U.F. contribuiu para este novo empreendimento, foi a Navalis (sociedade de construção e reparação naval S.A.R.L.) que procedeu á construção da chaminé da central térmica da Siderurgia. Também devido ao novo empreendimento a Direcção Técnica da C.U.F. nas Fábricas do Barreiro decidiram dar uso as cinzas de pirite, sendo estas um subproduto do fabrico de ácido sulfúrico. Estas acumulavam-se em grandes quantidades no complexo industrial, não havendo até a data uso possível para as mesmas. Com o surgimento da Siderurgia Nacional, e num esquema determinado por uma politica governamental para a utilização de matérias primas nacionais, a C.U.F. instalou no Barreiro, uma Unidade de Tratamento de Cinzas de Pirite, onde depois de tratadas essas mesmas Cinzas eram depois vendidas á Siderurgia Nacional. Eram transportadas por barcaças do Barreiro até ao cais privativo da Siderurgia Nacional em Paio Pires, sendo depois usadas como matéria-prima. A C.U.F. vendia cerca de 170.000 toneladas anuais deste produto à Siderurgia, contribuindo mais uma vez para a indústria nacional.
1 comentário:
Bom artigo Ricardo,parabêns!!!
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